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Um lugar qualquer (Sofia Coppola, 2010)

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Entre o aprisionamento e a alforria de um personagem Dois minutos e vinte segundos. É esse o tempo que Sofia Coppola precisa para apresentar Johnny Marco, o personagem princip al de Um Lugar Qualquer ( Somewhere , 2010), seu novo filme. A seqüência inicial, em único pl ano , mostra uma Ferrari preta – que mais se ausenta do que se faz presente no enquadramento – dando voltas em uma pista perdida no meio do deserto. O veículo é concretizado muito mais pelo som do que pela imagem, jogando com a distância da Ferrari em relação ao ponto de vista do espectador e também com o formato da pista, à medida que é possível perceber os momentos de aceleração e desaceleração do carro. Depois da repetição quase incômoda das voltas que a Ferrari faz, o veículo finalmente pára – nesse caso, dentro do enquadramento – e dele sai o personagem em questão. E, apesar do momento pedir uma manifestação de fortes emoções, Johnny, blasé, apenas pára ao lado do carro, olhand o calmamente um lado e outro do deser