Games e Política
Fui assistir a uma palestra do Gonzalo Frasca, um game designer, pesquisador de games e dono de um currículo bacana com PhD e todos esses maus necessários (isso de acordo com os pesquisadores que eu conheço que alegam que a pesquisa vicia além de dar muito trabalho!).
O simpático uruguaio que vestia exatamente o que queria dizer (uma jaqueta da Hello Kitty por cima de uma camiseta do Obama!) falou sobre a relação entre games e política, mas não apenas política de candidatos e eleições como sempre acabo por restringir a palavra, fez um apanhado do que são, essencialmente, os jogos e a que propósitos eles atendem embasando-se no passado, dentre outras coisas jogos de tabuleiro, para levantar questões sobre o atual universo/mercado dos games e a relação deles (principalmente dos jogos para a internet) com a sociedade.
Com comparações eficazes e muito divertidas, Frasca, falou sobre como os jogos já ganharam um espaço grande e estão se tornando, em suas palavras, “o novo graffiti”: um meio onde as pessoas (especialmente os jovens) expressam suas inquietudes e opiniões. São exemplos recentes os muitos “shoot obama” que surgiram após o 11 de setembro ou até mesmo um “mate o Lula” ou “ajude a Amy escapar da rehab”. Esses jogos mais “caseiros” são feitos através de tecnologias não muito complexas e contam com a internet como mídia perfeita para distribuição e é exatamente nesse ponto que entra a relação entre os games e a política quando os jogos estão refletindo acontecimentos, revoltas e elementos cotidianos de uma sociedade.
*Jéssica Puga é colaboradora do Audiovisueiros
Comentários
Há outros jovens que, também descontentes com o status quo, preferem "estuprar" a realidade (vide Dysfemismo: http://dysfemismo.blogspot.com/)
(lembrei-me do filme: "Branca de Neve depois do casamento" (acho que é isso) e pensei qe poderia existir um joguinho de Princesas!!!! uau! Cadê o Bruno Dias que deveria estar comentando por aqui? (ele está estudando isso...))
Jessica, eu quero a jaqueta da Hello!