Suckers!


Nessa sexta-feira, dia 19 de dezembro, chega às salas de cinema brasileiras o fenômeno “Crepúsculo”. O filme conta a história de Bella, uma jovem tímida que decide se mudar para a pequena cidade de Forks, que ela odeia, para viver com o pai, que ela mal conhece, e conviver com pessoas com as quais ela não se importa. Apesar de tudo isso, ela não trocaria Forks por nenhum outro lugar no mundo. O motivo: Edward Cullen, o sedutor e misterioso colega de colégio com quem ela faz dupla nas aulas de Biologia. Os clichês não terminam por aí. O tal galã é, na verdade, um vampiro. Sim! Um sugador!
A série de livros escrita pela norte-americana Stephenie Meyer ganhou uma legião de fãs frenéticas e fiéis que não deixaram a adaptação cinematográfica na mão: em cartaz nos EUA, no Canadá e no México, o filme já fez mais de US$ 120 milhões nos primeiros 10 dias em que esteve em cartaz. Produzido pelos estúdios da pequena Summit, uma produtora independente, o filme custou apenas US$ 37 milhões e a diretora, Catherine Hardwicke, passou a deter o recorde de maior bilheteria de estréia para uma diretora mulher: US$ 70 milhões. Com esses valores, a produtora tem carta branca para começar a rodar a adaptação do segundo livro da série, “Lua Nova”.
Nessa febre adolescente, os astros desconhecidos da produção tornaram-se os novos ídolos da nova geração. Centenas de comunidades do Orkut, blogs e sites, especializados ou não, debatem sobre a vida pessoal dos atores e torcem por romances entre os membros do elenco. Robert Pattinson, conhecido também pela “expressiva” interpretação de Cedrico Digory na franquia Harry Potter e que agora encarna o vampiro arranca-suspiros Edward Cullen, teve que aprender a lidar com fãs que acampam na porta de sua casa, em Los Angeles, que lhe pedem em casamento e que lhe declaram amor eterno.
Qualidade literária ou não, qualidade cinematográfica ou não, essa série promete conquistar uma fatia importante e extremamente poderosa da população: mulheres dos 15 aos 25 anos (embora exista uma segunda fatia, de mulheres na faixa dos 40, chamada de TwilightMoms). E elas vão em busca de contos de fadas modernos que saibam dialogar com sentimentos que foram abandonados, nos últimos tempos, tanto pela literatura quanto pelo cinema: o amor puro e simples, sem segundas intenções. E é em “Crepúsculo” que elas depositam a esperança de viver essas experiências. Mesmo que através de personagens ficcionais.

Da diretora, assista "Aos Treze" e "Os Reis de Dogtown". Linguagem jovem e cuidados com a fotografia e com a decupagem.

*Natália Vestri é colaboradora do Audiovisueiros

Comentários

Renan Lima disse…
Mesmo nao conhecendo muito de "Crepúsculo", entendo a paixao Nati, afinal quem sou eu para julgar, fa de super heróis!

Muito bom o texto...

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